sexta-feira, 11 de julho de 2008

MENTE

Às vezes parece que o mundo é pequeno de mais. Parece que toda a terra e todo o mar não chegam para nos albergar.

Hoje pensei: " Em caso de claustrofobia, use a Mente"

É que a mente humana é inesgotável!

Fascino-me com a capacidade que temos de compreender, de ver sempre mais longe, de inventar, de criar, de destruir barreiras. De ultrapassar o possível e o visível e voar para mundos sempre diferentes.

São libertadores estes momentos em que se rasga o olhar e penetramos mais longe no Mistério que nos rodeia.Então entusiasmamo-nos e continuamos a percorrer estradas que se abrem a nossa frente, corremos já, animados pelas nossas capacidades que nos fazem pensar sermos capazes de tudo. Mais uma pergunta, mais uma resposta, e outra, e outra, e outra....e de repente travamos em cima do abismo e deparamo-nos com um fosso intransponível...

E lá nos lembramos que somos só "relativos" em relação ao Absoluto...

SONHOS


Resistimos, adiamos o momento, disfarçamos, tentamos desviar-nos, fechamos os olhos e não queremos ver mas...às vezes tem mesmo de ser.

Todos temos sonhos, todos fazemos projectos, todos imaginamos o futuro e custa quando somos obrigados a arquivar os textos sem nunca chegarmos a publicar o livro.

Mas é mesmo assim. A vida obriga-nos a seguir por outro caminho, a por de lado vontades e desejos para que tudo possa correr em função de um Bem Maior.

É preciso saber bem onde queremos chegar e não nos distraírmos demasiado a encher a mochila com muitas coisas que depois secalhar vamos ter de deixar pelo caminho.

Juan Muñoz

"A veces tengo la impresion de que mi obra
reciente es sobre la espera, esperando algo que
podria no ocurrir jamas, por outro lado,
temiendo que ocurra, incluso deseando que
nunca pueda ocurrir.
Es como mantener la obra en ese estado que llamariamos deseo."
É por aqui que me distraio enquanto "cozinho" trabalhos para fechar o semestre... a matutar nesta frase que me ficou, escrita por um escultor cuja obra conheci agora no Guggenheim de Bilbao...
Confesso que ainda estou para o perceber...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O PRÓXIMO

Estava a pensar que é mais fácil fazermo-nos próximos de quem queremos amar do que amarmos aqueles que já estão próximos de nós.

As assimetrias no mundo, a pobreza extrema, a fome, a miséria a que assistimos a par de mansões, carrões e férias em ilhas paradisíacas, fazem crescer em muitos corações a revolta, o ódio e o desejo de vingança. Mas é bonito ver como são também muito aqueles que, diante da Realidade, se deixam invadir por uma vontade grande de mudarem, de alterarem o rumo das coisas e deixarem marcas de fraternidade.

Gosto de descobrir exemplos de pessoas que se deixaram invadir por um desejo de servir, perante uma sociedade rica, desenvolvida, onde aparentemente nada falta. Há doenças que se camuflam na ignorância do próprio doente se reconhecer como tal. São as mais graves, parece-me.