terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lembranças...

Passas pelo mundo como quem sabe que não é daqui.
Esqueces-te de ti e fazes-te instrumento.
Deixas que te toquem, não como quem quer sentir mas como quem quer dar.
Deixas-te estar mas não esperas que ninguém venha. Sabes bem porque é que estás aqui.

E Ele passa e mostra-Se e faz de ti o que tu queres. Não porque tu possas alguma coisa mas porque sempre Lhe deixas o coração aberto para que a tua vontade seja a d'Ele.

sábado, 22 de agosto de 2009

Há tempos onde apetece ficar...

É uma Graça imensa termos a possibilidade e a capacidade para "saír daqui" e ir viver em outro lugar. Desinstalarmo-nos, de lugares e modos de ser. É bom podermos afastarmo-nos de hábitos, regras, preconceitos. É bom quando tudo pode ser diferente.
Esta experiência só tem grandeza na medida em que é especial, tão especial que dura sempre pouco e só temos consciência disso quando voltamos ao que temos e somos e percebemos que, afinal, o que ganhámos foi simplesmente uma nova forma de ver as coisas de sempre.
É preciso voltar à vida que construímos dia-a-dia, à vida que está nas nossas mãos e que moldamos a cada instante mesmo sem darmos por isso. Não nos podemos desincumbir de viver a nossa vida todos os dias, não vale a pena querer prolongar lugares que brilham ,porque passam. O que permenace ganha pó, perde o brilho, gasta-se, às vezes estraga-se mas vale porque é nosso, porque tem a marca do nosso esforço, da nossa vontade, da nossa presistência.
As experiências especiais são-no por isso mesmo, porque duram pouco e não têm tempo de perder o encanto. Devemos por isso guardá-las na memória para que a sua luz ilumine o quotidiano tantas vezes já gasto.
Aproveitar o olhar renovado para compreender que a radicalidade não está nas grandes experiências mas nas pequenas mudanças que trazemos para a vida de todos os dias.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Excerto de um texto de Sto Isaac ( séc. VII )

O intelecto está sempre à procura de meios que lhe permitam reter aquilo que adquiriu; mas a fé diz que, «se não for o Senhor a edificar a casa, em vão trabalham os construtores» (Sl 126, 1).

Aquele que reza na fé nunca vive apenas do conhecimento intelectual. Esse saber faz o elogio do temor. O sábio disse: «Feliz aquele que teme no seu coração». Mas o que diz a fé? Que, quando teve medo, Pedro começou a afundar-se. E ainda: «Vós não recebestes um espírito de escravidão, para cair de novo no temor; recebestes, pelo contrário, um espírito de adopção» (Rom 8, 15), que nos dá a liberdade da fé e da esperança em Deus.

A dúvida segue-se sempre ao medo [...]; o medo e a dúvida manifestam-se sempre na busca das causas e no exame dos factos, porque o intelecto nunca alcança a paz. A alma está muitas vezes sujeita aos imprevistos, às dificuldades, às numerosas armadilhas que a fazem perigar, mas nem o intelecto nem as diferentes formas de sabedoria podem ajudá-la. Pelo contrário, a fé nunca se deixa vencer por nenhuma destas dificuldades. [...] Vês a fraqueza do conhecimento e o poder da fé? [...] A fé diz: «Tudo é possível a quem crê» (Mc 9, 23), «pois a Deus tudo é possível» (10, 27). Ó riqueza inefável! Ó mar que nas suas vagas transporta semelhante riqueza, tesouros maravilhosos que dele transbordam pelo poder da fé!
" O segredo da Felicidade é uma Existência Agradecida."

Já não me lembro quem disse isto porque também ouvi já citado mas gostei muito!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEMPRE A APRENDER

Ontem estava a falar-te de um grupo que integro e descrevia-te em tom de desprezo a postura..."vazia"...de alguém.

Sorriste para mim e, pensativo, sem qualquer crítica, disseste: " O mundo é um sitio fascinante! Há pessoas para todos os gostos!"

Fiquei a pensar na pobreza do olhar " criticista" em que às vezes me instalo...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

FIM

Às vezes tenho medo da morte. Às vezes, nem sempre.
Costumava pensar que não tinha medo de morrer, tinha medo da forma como a morte chegaria. Hoje também não tenho medo de morrer. Quer dizer, como é que posso ter medo de uma coisa da qual não vou ter consciência? Não tenho medo nenhum de morrer, tenho medo da morte. Tenho medo da ausência, tenho medo de ter que viver a vida nos moldes que desconheço. Como é que vou viver quando se forem as pessoas que fazem com que a minha vida seja como é? Como é que vou continuar a ser eu quando a minha vida já for outra?
Bom, mas a alimentar estas duvidas é que não vivo mesmo. Nem esta vida nem outra.
Vamos morrer. Vivemos distraídos deste facto e por isso nos angustiamos quando pensamos nele. Não vale a pena estar sempre a pensar nisso é verdade, mas é bom vivermos com essa consciência. É bom construirmos a nossa identidade assentes na certeza de que nós e aqueles que nos rodeiam um dia não vamos cá estar. Podemos ser nós a partir primeiro ou podem ser eles mas a vida, que é como quem diz as relações, não duram sempre...ou, a presença, tal como estamos habituados a ela, não dura sempre.
Se pensarmos que um dia vamos ter de viver sem os nossos pais, sem o nosso marido/mulher, sem os nossos companheiros, sem os nossos filhos, torna-se quase absurdo mas se nos distraírmos disto andamos a fugir de uma verdade que nos é intrínseca.
Então, estava aqui a pensar, e se a morte em vez de nos assustar nos fizesse viver melhor? Quer dizer, se vivessemos com esta consciência de que um dia, ou nós o outro já cá não vamos estar e que não sabemos quando é esse dia, secalhar isso ajudava-nos a ser mais verdadeiros em cada gesto, em cada palavra.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Saudades

Hoje tenho saudades de tempos tranquilos em que as coisas são aquilo que parecem ser.
Hoje tenho saudades da normalidade. Saudades de sentimentos, de sons, de cheiros.
Saudades de ser criança e de rir porque estou alegre, chorar porque estou triste. De ser criança e de acreditar que o mundo é bom, ou nem saber o que é o mundo porque está tudo na rua que desco de bicicleta, muito rápido, entre gritos e gargalhadas. " Para lá do cruzamento não se pode ir." também não interessava, estava tudo ali. Naquela rua íngreme e estreita, de casas altas e janelas pequenas de onde pendem lençóis brancos a pingar água.
Mas um dia não parei no cruzamento...ou tomei consciência dele....acho que é isto mesmo, as coisas sempre foram assim e a vida não é mais do que um ir reparando...como se tivessemos ao sábado à tarde a passaear num museu que já conhecemos de cor. Há lugares assim, onde voltamos quando nos sentimos demasiado desconfortáveis, ou quando não sentimos nada. Como quando vamos outra vez ao museu no sábado à tarde. Não tinhamos mais para onde ir e vagueamos por ali a ver as mesmas coisas de sempre, ou a já não ver as mesmas coisas de sempre. De repente, sem saber porquê, vemos aquilo que sempre ali esteve pela primeira vez. Nunca tinhamos reparado naquelas cores tão bonitas.
Acho que a vida é assim...de repente e sem sabermos porquê...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Gosto Disto!

É a letra de uma musica da Bebe, uma cantora espanhola que tem uma certa graça...a Musica chama-se Ella.

É o meu post feminista...hahaha

Ella sa cansao de tirar la toalla,
se va quitando poco a poco telarañas
no ha dormido esta noche pero no esta cansada
no mira ningún espejo pero se siente to’ guapa
Hoy ella sa puesto color en las pestañas
hoy le gusta su sonrisa, no se siente una extraña
hoy sueña lo que quiere sin preocuparse por nada
hoy es una mujé que se da cuenta de su alma
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti que nadie puede hacerte daño,
hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…
hoy vas a conseguir reirte hasta de ti y ver que lo has logrado que…
Hoy vas a ser la mujé que te dé la gana de ser
hoy te vas a querer como nadie ta sabio queré
hoy vas a mirar pa’lanteque pa atrás ya te dolió bastante una mujé valiente, una mujé sonriente mira como pasa
Hoy nasió la mujé perfecta que esperaban ha roto sin pudore las reglas marcadas
hoy ha calzado tacone para hacer sonar sus pasos
hoy sabe que su vida nunca mas será un fracaso
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti, que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas conquistar el cielo sin mirar lo alto que queda del suelo
hoy vas a ser feliz aunque el invierno sea frio y sea largo, y sea largo…
hoy vas a conseguir reirte hasta de ti y ver que lo has logrado…
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…hoy vas a conseguirreirte hasta de ti y ver que lo has logrado ohhhh…

terça-feira, 5 de maio de 2009

CONDIÇÕES

Dei algumas vezes por mim a concordar quando me diziam que as nossas relações são sempre trocas de interesses...Como quando me diziam que egoísmo e altruísmo são duas faces da mesma moeda...À primeira vista pareceu-me que de facto é assim...até porque se uma relação implica reciprocidade, esta manifesta-se também na troca de interesses...aprofundando o assunto, à luz de uma certa racionalidade filosófica, continua a ser assim...gosto do outro por aquilo que nele espelha o que eu sou ou que gostava de ser, relaciono-me mais com o que projecto nos outros, com o que espero deles do que com aquilo que eles são na verdade, até porque, em última análise, é-me impossível chegar alguma vez a conhecer o outro..

até que um dia, sem grande alarido, quase como uma nota de rodapé, como um murmúrio que disfarça a sua importância, ouço:

" Sou seu amigo sem condições."

O murmúrio foi ganhando som e fiquei a ouvi-lo durante uns dias e a surpreender-me à medida que ia vendo que é mesmo verdade.
É uma daquelas Pessoas Grandes....Não têm nada a provar, já são aquilo que eram para ser. Já estão para lá de filosofias, para lá de teorias sobre reciprocidade e trocas de interesses, sobre mim e sobre o outro.
São. Gostam. Não como quem espera ser recebido na vida de alguém. Não como quem espera ser compreendido. Não esperam nada em troca porque já sabem gostar do outro. Só Gostar. E gostar do outro pelo que ele é e não pelo que gostavam que ele fosse. Recebem o outro sempre porque não esperam nada mais do que aquilo que ele pode ou quer dar. Não se iludem mas jogam na realidade sem julgamentos nem cobranças. Sem Condições.

É tão bom quando sentimos uma amizade assim. Quando sentimos que nos basta sermos nós, que não temos que fazer nada de especial, que não temos que corresponder a nada...é menos óbvio do que parece mas refuta qualquer teoria e a vida mostra-nos que é possível!

sábado, 25 de abril de 2009

GENTE GRANDE

" A Fé tem que ser sempre um Mistério."

Se até aqui estava de pé, descontraída, a olhar pela janela enquanto ouvia, esta frase dita no meio de nada fez-me sentar!

"A Fé tem de ser sempre um Mistério, não é um itenerário fixo."

Demorei a digerir. Esta frase chegou até mim com uma força brutal!
Fiquei a pensar na nossa atitude face ao Mistério, que não é o oculto, o que se desconhece, mas é aquilo que se vai revelando, devagarinho e que pode ser conhecido sempre mais e melhor.
Fiquei a pensar que o Mistério nos coloca no nosso lugar, nos faz chocar de frente com aquilo que somos em Verdade.
Assusta-nos tamanha imensidão. Parece que crescemos, naturalmente, a construír formas de nos sustentarmos, de nos conhecermos, de nos formarmos. Procuramos conhecermo-nos, trabalharmo-nos...mas muitas vezes não será isso uma forma de ganharmos controlo sobre o que somos?
Parece-me que naturalmente fugimos ao Mistério, àquilo que nos escapa, que não controlamos, que não podemos manipular nem compreender inteiramente.
A presença diante do Mistério é dolorosa...
Faz lembrar a "Alegoria da Caverna" quando o prisioneiro chega finalmente a ver a luz do dia e se sente encandeado..naturalmente procura de novo a escuridão, é preciso um esforço para se manter na luz, doem-lhe os olhos antes de estarem prontos para contemplarem a verdade..
Assim somos nós diante do Mistério...dói-nos a Alma porque nos vemos fracos, não nos sentimos bem, incomoda-nos a nossa pequenez..vemo-nos obrigados a fazermo-nos humildes.

Depois há aquelas Pessoas Grandes que que passaram para lá de tudo isso. A vida já vai longa. Acomularam Conhecimento e Experiência, Filosofia e Teologia, Regras e Rituais, Formulas e Improvisações. E ultrapassaram tudo isso.
Já passaram as pretensões e o orgulho, as expectativas, suas e dos outros, já não se incomodam nem se sentem ameaçadas. Estão, simplesmente, com a sua humanidade inquieta porque sente o tempo já curto, mas com o espírito cada vez mais perto de desvendar...o Mistério!

terça-feira, 24 de março de 2009

palavras bonitas

Estou farta de palavras bonitas, de promessas de mudanças, de propósitos acompanhados de lágrimas, de partilhas, de intenções que não passam a compromisso. Estou farta de falar, de programar, de andar sem saír do lugar, de me cansar com passos inúteis.
Esgota-se a paciência quando nos vemos mergulhados num percurso de ideais, de teoria, de discursos preparados, de gestos que já vimos fazer. Foge-nos a vontade de continuar, de mudar quando o que se quis até aqui ficou derrotado e perdido em algum buráco do caminho.
As coisas de facto só fazem a diferença quando são verdade PARA MIM, quando o seu sentido se torna linha que coze a MINHA vida.
Tenho andado a pensar isto em relação a tudo. A minha religião só é minha na medida em que compreendo e vivo que Jesus não Ama a humanidade, Jesus ama-me a mim. O Amor não é libertador, o amor liberta-ME. Não se constroem relações baseadas na confiança e na compreensão, eu tenho que confiar e compreender.
Só assim a conversão acontece e as quedas ( porque essas vão haver sempre) não nos derrotam porque são enquadradas na tela da minha vida e não em algum ideal bonito que não me aquece nem arrefece!
Já não vou falar, não vou prometer. Vou plantar em mim as sementes do que quero chegar a ser e cuidar para que crescam.
Não vou dizer nada. Vou-te deixar acompanhar o meu trabalho e vou contigo colher os frutos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Aceitar-se

O auto-conhecimento é um verdadeiro caminho de libertação. Só progredindo no conhecimento de mim posso diagnosticar e renunciar ao que me prende.
Enquanto me vou conhecendo, não posso descuidar um trabalho, também fundamental, de me aceitar, de aprender a gostar e a integrar na minha vida tudo o que vou descobrindo dentro da mochila.
Mas a auto-aceitação não é um estádio conforável onde me instalo na comodidade do " sou assim". A auto-aceitação é a base, o trampolim que me leva a dar o salto para, a partir do que sou, construír sempre mais e melhor!

terça-feira, 10 de março de 2009

MISERICÓRDIA

" Ser misericordioso é ter um coração assim, que confia naturalmente"
E de repente fez-se Luz! Ajuda muito pensar bem à partida. Sobre mim e sobre os outros. Ajuda muito confiar, acreditar que o mundo é bom, que as pessoas são boas.
É só isto que é preciso para sermos tudo o que queremos ser: partir do Bem para chegar ao Bem!
proposta: Lc 6, 36-38
ps: dia 6 este blog fez 1ano! passou rápido...
ps2: Laura, não me esqueci da tua proposta!

quinta-feira, 5 de março de 2009

DESAFIO


Portanto...

1 - Agarrar o livro mais próximo
2 - Abrir na pág. 161
3 - Procurar a quinta frase completa
4 - Colocar a frase no blog
5 - Indicar 5 pessoas para continuar a tarefa

Não foi fácil...O livro da mesinha de cabeceira não tem 161páginas e os livros que tenho mais à mão neste momento são a Biblia e um catecismo para adultos ( passei da Filosofia para a Teologia ahahah) mas... não resisti a abrir a ÉTICA A NICÓMACO que é um livro que vai estando sempre muito à mao!

pág. 161, 5ª frase completa:

" Por isso, chamamos mais propriamente devasso àquele que persegue o excesso nos prazeres, mesmo sem sentir desejo ou então só levemente, e evita todos os sofrimentos, mesmo os mais moderados, do que chamamos devasso àquele que age desse modo mas por sentir desejos veementes e sofrimentos violentíssimos."

Já tinha lido isto concerteza mas não me lembro. Enquanto estava a transcrever ocorreram-me duas coisas: Liberdade e Cristianismo.

O texto foi escrito por Aristóteles, algures no séc IV a.C e o conceito de Liberdade terá aparecido com o Cristianismo mas...confesso que foi neste livro que encontrei chaves para a compreensão da Liberdade do ponto de vista Cristão.

ARISTÓTELES, Ética a Nicómaco (trad. por António de Castro Caeiro), 2.ª ed., Lisboa, Quetzal, 2006.


(ups...não tenho 5 pessoas com Blog a quem passar o desafio...quem passar por aqui e lhe apetecer agarrar o desafio e depois partilhar nos comentários...)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Kierkegaard

" Aquilo que leva ao começo é o espanto. Aquilo pelo qual se começa é uma decisão."

terça-feira, 3 de março de 2009

Gostar das Pessoas

Gostar das pessoas não é tão óbvio como parece e põe à prova a nossa capacidade de renúncia e de doação. É que gostar das pessoas não é gostar do que somos nelas, não é gostar do que elas são em nós. Gostar das pessoas é gostar de ser com elas. Não é gostar daquilo que elas vêem em mim, não é gostar do que elas podem ser de mim. Gostar das pessoas é gostar do que elas são independentemente de mim.
Penso no geral porque sinto que é assim tanto em relação a quem nos está mais perto como a quem não nos damos tanto. Seja qual for a proximidade ou a qualidade da relação, é sempre difícil não nos projectarmos no outro, não esperarmos dele o que não podemos esperar de nós, não querermos para ele o que queremos para nós.
Vê-se bem na relação pais/filhos.Quantas vezes o "quero o que for melhor para ele" não significa " quero para ele o que seria melhor para mim"?
Gostar das pessoas é gostar de mim primáriamente e gostar do outro como gosto de mim mas independentemente de mim, com liberdade, com personalidade, com especialidade, com tudo incluído!

domingo, 1 de março de 2009

Sem Título

É difícil calar o coração! Muitas vezes teimamos em não levar a sério o que sentimos, nem sequer damos crédito ao coração para que este nos possa guiar a vida. O que é certo, o que é verdadeiro, o que é recto e coerente é o que pensamos, o que nos diz a razão. Os sentimentos às vezes são tidos como menores, sem importância, "coisa de crianças".Parece que as pessoas que se atrevem a seguir o coração são tontinhos ou imaturos que não souberam tomar as rédeas da sua própria vida.
É um bocadinho verdade...de facto não podemos ir simplesmente atrás do que sentimos porque se num dia estamos muito apaixonados, no outro estamos completamente desinteressados, se num dia nos sentimos completamente motivados, no outro já estamos desanimado...sabemos que é assim...tristeza, alegria, ânimo, desânimo alternam-se em nós sem termos muito voto na matéria. Mas se virmos bem...também é assim com o que pensamos.
Os sentimentos verdadeiros, aqueles que são eternos e pelos quais podemos guiar a nossa vida em segurança, são decisões e as decisões são fruto de ponderação, são a aliança entre o que sentimos e o que pensamos e isso é o que somos!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Trust me on Sunscreen

Não resisti a partilhar este video!

Não é novidade mas é sempre tão bom rever!

A Musica Ajuda! A Voz Ajuda!

É bom Dançar!É bom Cantar! É bom Beijar!

O resto é mais difícil de conseguir mas é muito bom Tentar!

Enjoy it!

SECALHAR

Estava a pensar que estamos muitas vezes a querer ser felizes, ou seja, a pensar que não o somos. Já se sabe e parece que é mesmo assim...a felicidade ou já foi ou ainda será mas raramente é.
Querer ser feliz raramente corresponde a fazer por isso, quer dizer, a culpa não é nossa! A culpa é da falta de tempo para fazer o que se quer, é do trabalho que já não motiva, do marido/mulher que já não apaixona, da conta bancária que é magrinha...
É um bocadinho estranho que a procura ( da felicidade) seja aquilo que nos define enquanto seres humanos e que o objecto dessa procura ( a felicidade) esteja fora de nós que somos só humanos.
Hum...secalhar não...secalhar ser feliz é bem mais fácil do que pensamos e a nossa razão complicada está a esconder a simplicidade do coração...
Secalhar...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ÁS VEZES!

Ás vezes apetece deitar tudo fora e recomeçar de novo! Não fazemos a menor ideia do que é o "novo" mas por isso mesmo é que nos apetece. Deitar fora a casa, a família, o trabalho, o cão e o gato, dar um chuto na vizinha, fechar a cara na porta do chefe e começar de novo!
Vamos a isso!
Assim já não temos nada que nos impeça de fazer o que nos apetecer, não temos nada que nos impeça de ser o que nos apetecer! Vamos embora! Viajar, andar de mochila às costas, não ter responsabilidades, viver uma história de amor!

Ás vezes queremos colher os frutos do que se plantou! Queremos chegar à mesma casa de todos os dias, com a mesma família de todos os dias e viajar entre risos e choros, para no fim descansar no abraço de quem sabe o que somos por dentro e nos leva pela mão até onde queremos. Todos os dias.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

PLATÃO

" A Faculdade de pensar, conforme a volta que lhe derem, pode tornar-se vantajosa e
útil ou inútil e prejudicial."

Em tempo de estudo intensivo é bom recordar...para usar bem o que somos!

domingo, 11 de janeiro de 2009

É bom ler de quem sabe!

" Primeiro pára, senta-te e pensa o que pretendes de bem. Depois, pondera, não as hipóteses teóricas, mas as possibilidades reais. Então, entre duas realidades, podes escolher a melhor. Discernir não é descobrir a única hipótese boa, é decidir, entre coisas boas, qual é a melhor, a mais construtiva para si e para os outros. Se é fácil ou difícil, isso não conta."

Vasco Pinto de Magalhães, sj

in Não há soluções, há caminhos

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Outra Vez

Voltei a ir para aquele lugar. Aquele onde acordo com o cheiro a bolo acabado de saír do forno. Onde encontro a Maria de volta do fogão a cofrontar-me sempre com aquela simplicidade profunda de quem sabe o que é a vida.

Precisei de lá voltar. De sentir de novo aquele cheiro, de caminhar no silêncio daquela casa velha que me cumprimenta com o ranger do chão a acompanhar os meus passos.
Precisei de passear no jardim, de explorar recantos sempre novos. De pisar a relva molhada acompanhada pelo canto dos pássaros que acolhem o dia a nascer.
Precisei de saír de mim, de me encontrar de novo com o mundo lá de fora, com as coisas que são sempre assim.

Faz bem regressar aos lugares onde nos sentimos em casa. Faz bem reconhecer que para lá dos caminhos que nos levam para fora e dos novos mundos que descobrimos, todos temos uma casa de onde partimos. Faz bem voltar ao que somos e ao que nos fez chegar até aqui.

" Ó menina levante-se daí que vai ficar toda suja! tem com cada ideia! venha lá para dentro que eu preparo-lhe o pequeno-almoço!"

Faz bem olhar para a Maria a carregar a bilha com o leite da vaca acabada de ordenhar.
A vida é dura e ela sabe-o. Não esperava que não fosse assim e vive feliz porque quer.
Fico a pensar que mais do que a dureza da vida, mais do que todos os obstáculos que encontramos no caminho, o que nos tira a possibilidade de viver bem é esta mania de pensarmos que a vida tem de ser fácil e a felicidade nos é devida.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Para começar bem o ano!

Escolhe o Bem


Escolhe Amar em vez de odiar.

Escolhe Rir em vez de chorar.

Escolhe Criar em vez de destruir.

Escolhe Preseverar em vez de renunciar.

Escolhe Louvar em vez de criticar.

Escolhe Curar em vez de ferir.

Escolhe Actuar em vez de adir.

Escolhe Viver em vez de morrer.