quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEMPRE A APRENDER

Ontem estava a falar-te de um grupo que integro e descrevia-te em tom de desprezo a postura..."vazia"...de alguém.

Sorriste para mim e, pensativo, sem qualquer crítica, disseste: " O mundo é um sitio fascinante! Há pessoas para todos os gostos!"

Fiquei a pensar na pobreza do olhar " criticista" em que às vezes me instalo...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

FIM

Às vezes tenho medo da morte. Às vezes, nem sempre.
Costumava pensar que não tinha medo de morrer, tinha medo da forma como a morte chegaria. Hoje também não tenho medo de morrer. Quer dizer, como é que posso ter medo de uma coisa da qual não vou ter consciência? Não tenho medo nenhum de morrer, tenho medo da morte. Tenho medo da ausência, tenho medo de ter que viver a vida nos moldes que desconheço. Como é que vou viver quando se forem as pessoas que fazem com que a minha vida seja como é? Como é que vou continuar a ser eu quando a minha vida já for outra?
Bom, mas a alimentar estas duvidas é que não vivo mesmo. Nem esta vida nem outra.
Vamos morrer. Vivemos distraídos deste facto e por isso nos angustiamos quando pensamos nele. Não vale a pena estar sempre a pensar nisso é verdade, mas é bom vivermos com essa consciência. É bom construirmos a nossa identidade assentes na certeza de que nós e aqueles que nos rodeiam um dia não vamos cá estar. Podemos ser nós a partir primeiro ou podem ser eles mas a vida, que é como quem diz as relações, não duram sempre...ou, a presença, tal como estamos habituados a ela, não dura sempre.
Se pensarmos que um dia vamos ter de viver sem os nossos pais, sem o nosso marido/mulher, sem os nossos companheiros, sem os nossos filhos, torna-se quase absurdo mas se nos distraírmos disto andamos a fugir de uma verdade que nos é intrínseca.
Então, estava aqui a pensar, e se a morte em vez de nos assustar nos fizesse viver melhor? Quer dizer, se vivessemos com esta consciência de que um dia, ou nós o outro já cá não vamos estar e que não sabemos quando é esse dia, secalhar isso ajudava-nos a ser mais verdadeiros em cada gesto, em cada palavra.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Saudades

Hoje tenho saudades de tempos tranquilos em que as coisas são aquilo que parecem ser.
Hoje tenho saudades da normalidade. Saudades de sentimentos, de sons, de cheiros.
Saudades de ser criança e de rir porque estou alegre, chorar porque estou triste. De ser criança e de acreditar que o mundo é bom, ou nem saber o que é o mundo porque está tudo na rua que desco de bicicleta, muito rápido, entre gritos e gargalhadas. " Para lá do cruzamento não se pode ir." também não interessava, estava tudo ali. Naquela rua íngreme e estreita, de casas altas e janelas pequenas de onde pendem lençóis brancos a pingar água.
Mas um dia não parei no cruzamento...ou tomei consciência dele....acho que é isto mesmo, as coisas sempre foram assim e a vida não é mais do que um ir reparando...como se tivessemos ao sábado à tarde a passaear num museu que já conhecemos de cor. Há lugares assim, onde voltamos quando nos sentimos demasiado desconfortáveis, ou quando não sentimos nada. Como quando vamos outra vez ao museu no sábado à tarde. Não tinhamos mais para onde ir e vagueamos por ali a ver as mesmas coisas de sempre, ou a já não ver as mesmas coisas de sempre. De repente, sem saber porquê, vemos aquilo que sempre ali esteve pela primeira vez. Nunca tinhamos reparado naquelas cores tão bonitas.
Acho que a vida é assim...de repente e sem sabermos porquê...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Gosto Disto!

É a letra de uma musica da Bebe, uma cantora espanhola que tem uma certa graça...a Musica chama-se Ella.

É o meu post feminista...hahaha

Ella sa cansao de tirar la toalla,
se va quitando poco a poco telarañas
no ha dormido esta noche pero no esta cansada
no mira ningún espejo pero se siente to’ guapa
Hoy ella sa puesto color en las pestañas
hoy le gusta su sonrisa, no se siente una extraña
hoy sueña lo que quiere sin preocuparse por nada
hoy es una mujé que se da cuenta de su alma
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti que nadie puede hacerte daño,
hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…
hoy vas a conseguir reirte hasta de ti y ver que lo has logrado que…
Hoy vas a ser la mujé que te dé la gana de ser
hoy te vas a querer como nadie ta sabio queré
hoy vas a mirar pa’lanteque pa atrás ya te dolió bastante una mujé valiente, una mujé sonriente mira como pasa
Hoy nasió la mujé perfecta que esperaban ha roto sin pudore las reglas marcadas
hoy ha calzado tacone para hacer sonar sus pasos
hoy sabe que su vida nunca mas será un fracaso
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti, que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas conquistar el cielo sin mirar lo alto que queda del suelo
hoy vas a ser feliz aunque el invierno sea frio y sea largo, y sea largo…
hoy vas a conseguir reirte hasta de ti y ver que lo has logrado…
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…hoy vas a conseguirreirte hasta de ti y ver que lo has logrado ohhhh…