domingo, 20 de maio de 2012

Rascunho

Voltei ao mesmo. Á solidão de quem ousou saltar para lá do permitido e de quem percebeu que os limites afinal têm razão de ser. Conclusão inútil agora que já vi o que está do outro lado.

NOVIDADE

"...para que conhecamos a Esperança a que somos chamados."


É das tais coisas que sempre ouvi e na qual só agora reparei. Eu sou chamada à Esperança. Sou chamada a dar a minha vida para que o Mundo se reconheça na sua perfeição.

(Re)Começos

Domingo é dia de propósitos. Não sei se sou só eu mas, semana nova é sempre o arranque de novos compromissos.
A partir de amanhã vou ser mais disciplinada com as horas de sono, vou ser mais organizada no trabalho, vou fazer mais exercício, vou meditar mais, vou....

A semana passa e muita coisa fica por fazer, o balanço nem sempre é positivo e, chegando a Domingo lá voltam as promessas, porque o importante é recomeçar!

Somos bombardeados com frases sábias do género " se caiu 7 vezes levante-se 8", "Santo não é aquele que nunca cai mas o que sempre tem coragem para se voltar a levantar".

Frases sábias que nos dão ânimo e alento em tantas ocasiões mas, nas pequenas (grandes) lutas quotidianas, será que esta exaltação do recomeço não faz com que descuidemos o equilibrio que precisamos para não caír?

Quero dizer, é bom termos sempre força e coragem para nos levantarmos mas, melhor ainda seria não caír!

O que é que será que nos impede de chegar ao fim da semana com os propósitos cumpridos?

CONCRETIZAÇÃO eu diria...

já se sabe, "esta semana vou fazer mais exercício" não diz nada, não nos dá nenhuma meta para a qual correr durante a semana.

"Esta semana vou andar a pé 30 min por dia", talvez já nos ajude alguma coisa....

E FIDELIDADE, é agora, é esta semana. Não foi hoje? Amanhã outra vez! Não vale decuidar porque "para a semana recomeço!"

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"A vida da vizinha é sempre melhor que a minha"

Podemos ter tudo aquilo que desejámos, podemos estar estupidamente felizes na vida que temos, podemos estar até orgulhosos das escolhas que fizemos e daquilo que conquistámos mas, volta na volta, lá vem aquele bichinho que nos faz olhar para outra vida com uma ponta de inveja.
Pode ser uma imagem, uma voz, uma conquista, qualquer coisa que desperta em nós este secreto desejo de ter ou ser (ou até parecer) algo que não somos nós mas que, de repente, parece que nos cabe tão bem!

É humano, é assim, é inevitável. É variável a forma como cada um lida com isso e a importância que dá ou não estas pequenas cobiças.

Talvez tenha a ver com a permanente insatisfação que nos é tão própria e que não nos deixa instalar nunca. Coisa boa é certo, que nos leva a procurar sempre mais e melhor.
Coisa menos boa as comparações tão frequentes e enganadoras que nos desinstalam, mas não nos conduzem na conquista da nossa própria vida, antes nos levam a ir atrás do que não somos para depois acabarmos abandonados em alguma fossa de desânimo.