terça-feira, 10 de abril de 2012

à procura - 2

A ideia que temos de nós tende a ser constante, quer dizer, sabemos quem somos, mas há alturas em que este "Eu" que sou me parece fugir e de repente não me reconheço mais no lugar que ocupo.

Porque na maior parte da vida fui "um" e agora sou "dois"´, porque fui filha e agora sou mãe, porque  fui estudante e agora sou trabalhadora.

E a vida foi-se fazendo e foi seguindo o ritmo das minhas escolhas e decisões mas de alguma forma ultrapassou-me e não sou e ainda não me reconheço.

Ainda me vejo a escolher as peças e de repente o jogo já vai a meio! E é espetacular porque era mesmo este jogo que eu queria jogar mas ainda não tinha percebido que já era o "peão azul"( que eu escolhi ).

É  esta velocidade própria do efémero, que tantas vezes nos faz sentir à deriva, que denuncía que não podemos ser o baluarte de nós próprios.

2 comentários:

Maria Costa Duarte disse...

A esse espaço entre o que já fui e não sou mais e o que serei que ainda não sou que se chama crise! Despoletado por uma mudança, nem sempre totalmente voluntária e que tem um potencial inimaginável...E que no mínimo, nos devia fazer parar, recolher, questionare recomeçar...Só não percebo porque é que alguns decidem emigrar e depois vivem as crises longe dos que os ajudam a ultrapassar :) Conclusão, continuamos à procura.

querer permanecer disse...

:)e viva a internet para ajudar a encurtar as distâncias!