domingo, 6 de abril de 2008

SAÍR DE SI


Perceber que a vida é uma jornada com um princípio definido e um termo por definir. Perceber que temos na mão o papel e a caneta com que desenhar o mapa que queremos seguir, é muito bom!
Depois percebemos que há Alguém que nos dá o que precisamos para percorrer este caminho, Alguém que faz o caminho connosco. É bom, mas pode não ser óbvio à partida o quanto este caminhar de mão dada com outro pode ser libertador.
É um grande Mistério, mas é sem dúvida o segredo para uma maximização da existência.
Não sei porquê mas...vale a pena experimentar...até para me dizerem se se confirma ou não...é pelo serviço que se alcança a Alegria?

9 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei apensar na sua na expressão: maximizaçã o da existência! Este é um medo que portava. A minha vida faz sentido? Se faz sentido qual o meu objectivo (missão)? Como posso ser "maximizar"?
Hoje penso de uma forma diferente estas perguntas. SIm a vida faz todo o sentido, mas não se põe a questão na maximização, mas o que me permite ser mais humano. (Aqui não uso a palavra pessoa= persona, do grego que quer dizer mascara.)
A maximização, não é uma questão de quantidade, de viver ao máximo "carpe diem", de ir aos limites. A maximização é aquilo que me permite ser livre e ser em relação, ou seja ser feliz. Atenção feliz não é ser alegre ou um pateta alegre, ser feliz é dar sentido à vida(a questão de sentido fica para outro post). Por isso pergunto-lhe o que é para si a alegria?
Um bom dia, alegre ;)

P.s. Como lhe disse o existencialismo marcou uma parte da minha vida. Hoje percebo que foi importante, mas percebi também que o existencialismo se centra "serpente de Heidger" fecahda em si, que roda sobre si, numa expiral que leva ao absurdo... Hoje percebo que romper com esta cadeia, veio dar-em uma concepção de vida muito mais feliz, romper a cadeia do auto-centramento. Se o nada é o objectivo e que a nossa existencia é só uma lembrança, então que sentido tem a vida? Que sentido tem a vida daqueles que se entregam totalmente?

Anónimo disse...

p.s 2 = já agora deixava uma sugestão :). Não sei se já ouviu falar do Livro: Taylor, Charles : As fontes do Self, Ed. Loyola, Brasil, 1997. É um livro grande (667 pg), mas que compende a história do pensamento humano. Gostei imenso, para perceber o pensamento e as linhas que conduziram a humanidade até aos dias de hoje... bem como popostas para o futuro

MARta disse...

"maximizar", "felicidade","alegria" "ser livre", "ser em relação", "sentido"...
tinha razão: a linguagem pode ser fonte de mal entendidos...

BOM DIA ALEGRIA!

Unknown disse...

Olá Marta! Estive a ver o teu blog, isto se calhar é profundo demais para mim, mas pronto, deixa-me mandar uma posta...
Dizes: "Perceber que a vida é uma jornada com um princípio definido e um termo por definir." - é uma perspectiva, outra maneira de ver a vida é no instante que vives. A sucessão de instantes lá vai criar essa jornada, mas tu não actuas sobre ela, nem a vês completamente, apenas tens o instante.

MARta disse...

olá Francisco! que bom receber-te por aqui! espero que tenhas gostado e que voltes quando te aptecer!

e manda as postas todas porque profundos somos todos!!!

percebo o que dizes mas, achas possível viver o instante sem relação com o que já passou e sem influência na construção do que aí vem?
não sei se era isto que querias dizer mas não me parece que se possa verdadeiramente isolar instantes...

MARta disse...

ps: Parabéns pelos teus cavalos de corrida...deixei um comentário mas n sei se viste...

Unknown disse...

Sim, não acho que se possam isolar instantes, mas é sobre ele que recai toda a vida. O passado e o futuro aparecem como ideia, sim, mas é no instante de agora que eles existem. Se calhar é semântica, mas pensar na vida como um todo, do nascimento à morte, é argumento para aniquilar o valor do agora, que é tudo o que temos. Mas sim, ignorar a vida como um percurso é argumento para viver de um modo frívolo e não planeado.

Vi o teu comentário, tínhamos estado a falar sobre aquilo. Ainda quero escrever mais sobre a liberdade.

Anónimo disse...

Desculpe Marta de me meter na conversa;
Olá Francisco;
è verdade que o que vivemos é o aqui e o agora, o momento presente, mas todas a história humana é feita de passado (como seria o "meu agora" se o meu passado fosse diferente; ou seja, o momento presente reflecte tudo o que fui e o que não fui no passado, por isso o presente sem passado não faz sentido). A história humana é feita de futuro, imagine que namora, é por ter uma relação com essa pessoa que vai querer casar, a relação de namoro aponta para ai, toda a relação vivida, se bem no presente é verso um furuto. (atenção o exemplo do casamento é só um exemplo) Estas coisas da Filosofia dão-me cabo da cabeça, e não sei se me estou a fazer compreender...
De qualquer forma a liberdade joga-se neste campo. Por isso somos seres totalmente livre. Já sei que me vai dixer, mas dependmeos de um estado, de um pais, ou de uma religião ou mesmo de uma ralação, mas é neste campo que a liberdade se joga. A liberdade não é o "ter direito a" não fazer nada e só fazer o que me apetece, isso é infantilismo :)
Um bom dia!

Anónimo disse...

P.s. Na filosofia Heidegger define o trasncendente (ser ontologico) como ser (sein) ou não ser (da sein). Um professor meu dizia-me que não nos podemos ficar só nesta dualidade e por isso viamo-nos como "sente" (ser sendo). Aliás ele dizia muitas vezes esta frase. "Eu vim para ser sempre". O ser que se desvela ao mundo, marca o mundo, transforma o mundo, o mundo já mais poderá ser igual.