quarta-feira, 26 de março de 2008

ATÉ ONDE?

Até onde nos vai levar o que somos, o que temos? Até onde nos vai levar o que sonhamos, o que esperamos? Até onde nos vai levar o que queremos e desejamos?
Até onde queremos ir? Onde queremos chegar?

Estamos iludidos se pensamos que temos de saber do mundo e da vida e nos esquecemos de saber de nós. O exterior descobre-se cá dentro, porque real é o que é para mim, é o espaço onde se desenrola a minha vida.

É pretensioso se julgamos que podemos conhecer o outro, que podemos chegar ao fundo de si. E é assustador quando admitimos que nem aquele que nos está mais próximo poderemos algum dia conhecer na sua essência.

Mas posso tentar chegar ao fundo de mim e ajudar o outro a encontrar-se no âmago de si. Sem querer conquistá-lo, sem pretender compreender tudo, simplesmente levá-lo a fazer caminho para ser o melhor que pode ser.

"Prazos de entrega" é coisa que aqui não entra. Porque nunca uma pessoa vai ser uma encomenda pronta para ser entregue e desembrulhada. É a história de uma vida que só vai estar verdadeiramente concluída quando regressar à casa de onde veio.
Até lá, é tempo de dançar à chuva, de mãos dadas com a eternidade que nos (a)guarda.

Tempo que não é estanque, que não pode nem deve ser absolutizado. "Nunca" e "Sempre" podem ser cordas que nos atam os pés e dificultam os passos porque fecham a possibilidade mais elementar mas mais fundamental da vida: a musica pode sempre ser outra!

2 comentários:

Anónimo disse...

num dia destes recentes li isto p aí:
"a certeza do que fui é uma componente necessária da certeza do que sou" _ wyatt.

Anónimo disse...

" simplesmente levá-lo a fazer caminho para ser o melhor que pode ser."
That's it! Ès genial!