quinta-feira, 20 de março de 2008

Esta Decisão de (TE) Amar

Não sei bem quando foi o começo. Não importa. Sei que foi crescendo, que foste crescendo em mim. Da cabeça passaste ao coração. Primeiro ficaste só à entrada, não estávamos prontos ainda. Foste-te mostrando, fui-me dando. Acho que te instalaste primeiro na sensação, a razão foi mais dificil de convencer. A tua mais do que a minha. Fomos deixando caír máscaras, fomos gostando cada vez mais do que víamos. O sentimento era cada vez maior mas não queriamos mergulhar sem ver o fundo e esperámos. Sentados na praia, a ver as ondas, fomo-nos percebendo, fomo-nos moldando e descobrimos que o encaixe podia ser perfeito. Tomámos coragem e saltámos. Não como um salto no escuro, mas um salto no infinito que nos acolhe.

Vieram os precalços. Percebemos que o caminho a dois não é mais fácil, que as dificuldades, as fraquezas, nós, continuamos o que sempre fomos, a diferença é que agora temos uma mão que nos levanta quando caímos, uma boca que nos beija quando nos magoamos, um colo para onde correr quando o mundo é demasiado hostíl.

Percebemos que o sentimento pode ir assim como veio e que, se queriamos um porto seguro onde ancorar, teríamos que decidir. Permanecer, Amar, Ajudar a crescer mesmo quando não se sente ou a disposição não é essa.

Agora sabemos, mesmo quando dói, mesmo quando parece que parámos, mesmo quando está nevoeiro, sabemos que estrada seguir. Decidimos Amar.

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