sexta-feira, 28 de março de 2008

Ainda me queres?

Ainda me queres quando Te neguei repetidas vezes?
Ainda me queres mesmo sabendo que me vou,tantas vezes, apartar de Ti?
QuisesTe-me desde toda a eternidade mas eu escondo-me e fingo não Te conhecer.
Ainda me queres mesmo assim?
PensasTe-me, criasTe-me para Ti, e eu escolho, tantas vezes, o que não é Teu, persigo tantas vezes o que sei que não queres.
Ainda me queres?
Mesmo quando Te recuso um sorriso, quando me fecho sem Te deixar entrar, quando Te nego a minha mão sabendo que me estendes a Tua.
Ainda me queres?
Quando Te faço promessas vãs de perfeição que sei, que Tu sabes que não vou cumprir. quando, afirmo o Teu amor e confio mais na minha soberba.
Ainda me queres mesmo assim?
“CriasTe-me para Vós e sei que o meu coração não vai descansar enquanto não repousar em Vós”, mas prefiro uma existência inquieta à surpresa do encontro.
Ainda me queres?


Quero.
Quero-te ontem, hoje, sempre.
Quero-te com o mesmo amor com que te queria quando te pensei e criei.
Posso esperar por ti toda a eternidade. Quero-te livre e quem sabe quando me irás dar a tua liberdade...?
Mas quero-te!
E tu? Queres-Me?

7 comentários:

MARta disse...

peço desculpa a quem este texto já não é novidade...espero que ainda possa ser novo!

Anónimo disse...

Olá Marta :)

Para mim é uma novidade, por isso já valeu a pena. Quando li este texto fez-me reflectir. Acho que o meu problema não é não querer. A questão põe-se entre o apetecer e o querer. Muitas vezes quero, mas não me apetece; outras não me apetece mas quero... O querer move o apetecer estagna. Quando vou fazer surf muitas vezes não me apetece entrar na àgua, ou porque está fria, ou porque custa passar a ondulação... nas o meu querer interior obriga-me aderrotar o meu apetecer ficar no carro quentinho. Penso muitas vezes que quero ser santo, o meu problema é que mais vezes ainda não me apetece...

P.s- peço desculpa, estou cansado e já nem consigo ver bem o teclado, mas quis partilhar, não me apeteceu deixar para amanhã... o texto estava muito bom.

DiogoCarneiro disse...

Estou a ler o texto pela primeira vez e ha uma frase que me fica a repetir na cabeça que é: "Quero-te livre e quem sabe quando me irás dar a tua liberdade...?"
A luta por esta liberdade é uma constante na minha vida mas muitas vezes olho para ela como uma utopia e acabo por cair numa espécie de desespero pondo em causa tudo... Vou guardar a frase comigo..
Obrigado :)

MARta disse...

olá diogo!

como te percebo...também já andei à luta com a questão da liberdade mas...faz-se o que se pode porque parar é que não e a duvida muitas vezes paralisa...

ainda bem que gostaste do texto, obrigada pela visita!

DiogoCarneiro disse...

Eu é que agradeço a partilha e vou continuar a passar por cá :)

Anónimo disse...

Senhora Marta ...qualquer dia em vez de um conto,publica um livro!!!!

MARta disse...

dois anónimos já é de mais!

quem é voçê? :P