domingo, 11 de maio de 2008

GRITO CALADO

E depois há dias assim, em que as cores são demasiado fortes, em que todo o som é ruído. Fugimos para a toca, voltamos a prendermo-nos já depois de nos termos soltado porque afinal a liberdade é demasiado cara.
O que fazer com tantas emoções, com tantas contradições, com tanta ventania que sopra cá dentro e dessarruma tudo o que tento sempre manter em ordem?
Talvez parar de pensar como sou, como quero ser, como ainda não sou. Já nem quero saber "comos" nem "porquês". Parem de me querer perceber, de querer que eu me perceba.
Não sei. Não sei porque de repente me calo. Não sei porque antes sorria e queria e agora já não.
É assim. É esperar que passe.

2 comentários:

Anónimo disse...

Os Xutos e Pontapés que exprime o que muitas vezes quardo cá dentro: "Gritos mudos chamando a atenção". São estes gritos que me abalam e me faz estremecer por dentro. Muitas vezes não sei de onde vêm. Mas também aprendi que em tempos de desanimo não devo fazer mudanças drasticas na minha vida. Às vezes pego no meu diário e leio um pouco, lembarndo os momentos mais alegres e felizes, outras apenas deixo-me levar pela corrente. O tempo é sempre a melhor medicina...

Anónimo disse...

É pensar que somos de dias, que a Lua tem um efeito estranho em nós. E o que por vezes está claro, esclarecido e arrumado pode ficar de pernas para o ar do nada...é nada fazer e esperar que passe!Tentar perceber o cliche,dar tempo ao tempo!
Porque vai passar, porque sabemos que o dia amanhã é melhor! (ou pelo menos queremos que seja, e talvez só por isso vai ser...)