Hoje estáva a pensar que a palavra escolha não devia ser ensinada às crianças. Acho que se fossemos avisados de que temos que fazer renúncias eramos muito mais felizes!
Não quero nada parecer negativa mas a verdade é que há muito a ideia de que como somos livres podemos escolher e isso é a coisa melhor que temos e a grandeza da situação humana.
Esta ideiaparece-me totalmente errada. Não sou livre se posso escolher entre diferentes "coisas", sou livre se puder escolher os próprios critérios da minha escolha!
Escolher, só por si, não é uma expressão da minha liberdade, esta depende das razões pelas quais escolho, logo aí, o podermos escolher não é, sem mais, fantástico.
Além de que, escolher implica sempre uma renuncia, quer dizer que não posso ter tudo, é mais uma manifestação da minha limitação como humano.
Pode parecer desanimador mas se em vez de pensarmos que vamos escolher, pensarmos que vamos renunciar, pode ter no fim resultados mais positivos.
Primeiro porque não vamos à partida atrás do que simplesmente nos apetece, e nesse sentido estamos a ganhar liberdade nos próprios critérios da escolha, e depois porque evita muitas frustrações.
Pensar a opção mais como uma renuncia do que como uma escolha, pode ajudar-nos a crescer, a perceber desde cedo que temos que abdicar de muitas coisas boas, porque é quando temos que decidir esntre dois bens que a questão se coloca mais intensamente...aliás, é aí, nessas decisões mais difíceis mas também mais fundamentais que percebemos que de facto escolher é renunciar.
6 comentários:
Bom dia Marta.
Belo Post, contudo parece-me um jogo. Tenho um amigo meu mais velho que um dia numa conversa me dizia.
- Hoje não podemos dizer a verdade às pessoas. Antigamente podia chegar ao pé de uma pessoa e dizer-lhe: tu és teimoso. Hoje não podemos dizer isto porque podemos ferir ou podemos marca-la psicologicamemt. Hoje se queres dizer a uma pessoa que é teimosa dizes: mas você é obstinada. Uma pesso obstinada é uma pessoa que sabe o que quer por isso não é mau.
Sinto que hoje masclhor mscaramos as coisas com medo de ferir a pessoa, de maguala psicologicamente, e por causa disso não dizemos mais a verdade.
O exercicio de sermos confrontados connosco próprios é um exercicio fundamental do nosso conhecimento. O espelho nunca é a melhor medida! É preciso verdadeiros amigos que tenham coragem de dizer as coisas boas e as menos boas. Será que a vide deixa de ser mpor menos vide por ser podada? Não é por ser podada que dá mais uvas?
O confronto é essencial, na media que nos possa ajudar a crecer e ver aspectos que não vemos quando estamos só centrados no nosso umbigo.
A renuncia é por natureza a palavra mais cristã que conheço. Renunciar não quer dizer deixarmos de ser nós mesmos, mas quer dizer saber fazer a escolha certa. Obrigado por esta reflexão... ajuda no tempo de exames que ai vem, quando o sol começa a tentar e a praia parece como o paraiso.
Não sei se as palavras pesam assim tanto tia Marta. Ás vezes penso que descomplicar o que já de si é complicadado ainda o complica mais.
No entanto a renuncia talvez tenha menos peso do que a escolha, mas acabamos sempre por não conhecer a outra metade, quer escolhamos ou renunciemos.
Belo blogue tia marta. Um bom sítio para pensar. bem preciso.
Bjs joão pb
Não estou muito de acordo com isto tudo, acho uma visão pessimista!
Aliás, acho mais minha do que tua!(O mundo ta de pernas pra o ar!)
Acho que devemos continuar a ensinar a palavra escolha e a palvara renuncia, porque embora estejam relacionadas, não significam a mesma coisa.
É a beleza da lingua portuguesa, muitas palavras para o mesmo sentido, mas que podem mostrar posições diferentes.
Acho renúncia uma palvra forte, cheia de significado (no bom sentido)e acho escolha uma palvra mais light (no bom sentido também!).
Mas no entanto há momentos que sao para escolhas e outros que são de renúncia..
Bem, este blog está mmesmo "muito à frente". Fico pasmado com a riqueza dos post e dos comentários. Mais uma vez o problema da linguagem... Marta acho que deveria colocar à votação RENUNCIA ou ESCOLHA? Por mim escolhia a renuncia e renunciava à escolha (desculpe não foi capaz de não brincar com a situação). Mas a questão é séria. É que na escolha está implicada a renuncia (se escolho uma coisa é porque renuncio a outra) e na renuncia está implicada a escolha (para renunciar tive de escolher).
Uma pequena história. Numa universidade de teologia um aluno perguntou ao professor: posso fumar enquanto rezo? O professor ficou escandalizado com a pergunta e começou a barafustar dizendo, que não tiha jeito nenhum de pergunta...
Outro aluno ao fundo da sala com imenso senso de humor, levantou o braço e perguntou: Professor, desculpe, mas posso rezar enquanto fumo. Perante o espanto da sala e do conteudo da pergunta ficaram todos calados.
Cada vez mais penso que não são as respostas que me fazem andar para a frente, mas as perguntas exactas no momento certo que me levam a andar mais além, mesmo não sabendo para onde, ou que sentido, e muito menos o final.
As minhas certezas vem de escolhas, de quedas, e da alegria. Mas tenho a certeza que o fundamental do que somos permanece.
Obrigado Laura, por despertar esta pequena reflexão, obrigado Marta pelso post :)
os leitores mandam!
e sai sondagem!
marta sinceramente estas COMPLETAMENTE E ABSOLUTAMENTE certa e sim acho mesmo que a renuncia traz nos mais resultados positivos do que a escolha!!nunca tinha pensado dessa forma mas é verdade, alias ja pus em pratica e DA MESMO resultado, se tu pensares que tu autimaticamente renncias certas coisas na tua vida sem se quer pensares muito sao automaticas à tua maneira de pensar, de estar de existir neste mundo já estas em vantagem!porque? porque ate chegares aos teus 24 aninhos(acho eU) JA RENUNCIASTE MILHENTAS COSAS NA TUA VIDA QUE NEM SE QUER TE DERAM A ESCOLHA e por isso és o q és hj!!Isso demonstra que ganhaste mais caminhos de escolha para a renuncia, cada vez mais adequados a tua vida!
ta um bcdinho complicado mas acho que me consegui fazer entender!anyway tens razao!!Lol
bj
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